Cada vez mais profissionais da saúde estão com a vontade insaciável de crescer e desenvolver seus negócios de forma rápida e com excelentes resultados, mas nem todos conseguem o tão esperado sucesso. Por quê? Quantos já não perceberam um potencial de mercado, abriram um novo consultório ou clínica, mas não tiveram o retorno esperado? Certamente, aqueles bem sucedidos elaboraram um plano estratégico pelo menos dois anos antes do retorno financeiro atual.
Para aprofundar um pouco sobre estratégias empresariais, farei uma analogia, tomando como exemplo um time de futebol. Mas o que isso tem a ver com negócios em oftalmologia? Tudo! O sucesso e as conquistas alcançados por um time campeão foram através dos estudos de seus adversários, os locais de atuação, o público pagante e principalmente seus diferenciais e táticas de jogo.
>>> Leia também: 15 livros que ajudam a inspirar a criatividade no trabalho
Antes de qualquer campeonato, o time se prepara, analisa e planeja como trabalhará para conquistar o título. Ele define bem sua equipe, ou seja, seleciona pessoas para cada posição, aproveitando de seu potencial (médicos, enfermeiras e auxiliares); se preocupa com sua divulgação para atrair novos sócios e torcedores (clientes e fornecedores); analisam a situação financeira para custear todos os materiais e despesas necessárias (estruturas físicas); definem e traçam estratégias de ataque e defesa, ou seja, como será a troca de passes (análise dos processos internos e externos); e treinam constantemente seus jogadores (capacitação contínua).
A elaboração do plano estratégico para expansão de negócios na saúde não está longe disto. O exemplo pode parecer distante, mas eles possuem pilares semelhantes para quem decide empreender e ser referência. Uma estratégia bem definida ajuda o empresário a tomar os cuidados necessários para os riscos mensurados do negócio.
Mas como desenvolver este plano? Umas das ferramentas é a análise SWOT, criada por Albert Humphrey, na Universidade de Stanford. Ela avalia basicamente os pontos fortes e fracos de uma organização, assim como as oportunidades e ameaças às quais ela está exposta:
- Strengths (Forças): Vantagens internas da empresa em relação aos concorrentes
- Weaknesses (Fraquezas): Desvantagens internas da empresa em relação aos concorrentes
- Opportunities (Oportunidades): Aspectos externos que influenciam positivamente
- Threats (Ameaças): Aspectos externos que influenciam negativamente
Para a análise SWOT ser bem sucedida, é sugerido que se adotem algumas reflexões:
- Distinguir o momento atual e futuro da empresa
- Realizar em áreas específicas da empresa, não sendo genérico
- Deverá ser direta e objetiva
- Analisar o mercado de forma concreta e não pelo o achismo
>>> Você também pode se interessar por: Coworking pode ser alternativa rentável para corretor autônomo
Outra metodologia bastante utilizada e disseminada é o CANVAS, criado em 2008, pelo pesquisador suíço Alexander Osterwalder. Este modelo propõe uma análise simples e visual, que aborda os principais aspectos que o empresário precisa considerar em seu planejamento estratégico (proposta de valor, segmento e relacionamento com clientes, atividade principal, recursos e parcerias, fontes de receita e estrutura de custo). Pode ser utilizado, na área de saúde, da abertura de um novo consultório, por exemplo, até na expansão de uma rede de clínicas de oftalmologia.
Lembre-se: um plano estratégico longo e muito detalhado dificulta o acompanhamento e monitoramento do negócio. É importante que contenha as principais informações e a direção que seu negócio deverá seguir para atingir a meta planejada, já que haverá ajustes durante o projeto.
No jogo dos negócios, o principal concorrente é você! Planeje, estude e seja um diferencial no mercado.
Por: Wellington Brito – Plenittus Gestão Médica
Diretor da Plenittus Gestão Médica, engenheiro, especialista em gestão estratégica e de contratos, com MBA em Gestão de Projetos e certificação pelo IBCO. Consultor e Assessor para empresas da saúde. Cliente Hábil Coworking.