O coworking está em expansão, permitindo que cada vez mais “coworkers” desfrutem de todos os seus benefícios
Antes, compartilhar o espaço de trabalho com outras pessoas e até mesmo com outras empresas parecia um risco para a produtividade, a privacidade e a seriedade dos seus negócios. No entanto, quando os coworkings começaram a existir, se percebeu que rotinas de trabalho colaborativas podem impactar positivamente toda uma cadeia.
O primeiro espaço compartilhado surgiu em 2005, quando um engenheiro criou uma comunidade de trabalho com seus amigos nos Estados Unidos. No Brasil, esse ambiente começou a aparecer em 2009 e, atualmente, são 810 coworkings conhecidos no país, de acordo com o Censo Coworking Brasil 2017. No mundo todo, são quase 14 mil escritórios como esse.
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O dinamismo é a principal característica de um escritório compartilhado. Nele, é possível multiplicar ideias, contatos e novos negócios, participar de eventos formais e informais e exercer o espírito de colaboração, essencial para a nova economia. Devido a essas características, a quantidade de coworkings no país dobrou entre 2016 e 2017, ainda segundo o mesmo Censo que mede a adoção do modelo de escritórios compartilhados.
Embora cada espaço ofereça possibilidades únicas de contratação, na prática, o modelo funciona assim: a empresa, o empreendedor, o freelancer ou quem mais deseja utilizar o local paga uma taxa – que varia de acordo com o tamanho do negócio – e passa a compartilhar serviços de infraestrutura com mais empresas. Em média, são 267 pessoas circulando no local todo mês.
Inicialmente, os escritórios compartilhados foram ocupados por startups de tecnologia e empresas ou freelancers ligados à indústria criativa (agências de publicidade, comunicação e marketing, por exemplo). Agora, o mercado já possui nichos de todos os tipos, inclusive opções para ONGs, advogados, dentistas e empresas que precisam acomodar um estoque de produtos.
Esse novo jeito de trabalhar não está oferecendo benefícios apenas aos founders, ou seja, aos donos do coworking, mas também aos negócios ali instalados, aos colaboradores que frequentam o local e ao desenvolvimento da própria cidade, criando um ambiente muito mais colaborativo, sustentável e inovador. Conheça a seguir esses novos impactos:
O coworking é econômico
Atualmente, o valor do coworking gira em torno de R$ 800 por pessoa ao mês, e dá direito a toda a infraestrutura necessária para uma empresa funcionar. São Paulo é a segunda cidade com imóveis comerciais mais caros do país, segundo pesquisa FipeZap: o metro quadrado para aluguel custa R$ 48 e R$ 10.808 para venda. Ou seja: com o valor médio da locação de um lugar no coworking, você poderia alugar um espaço de 16 metros quadrados, o equivalente a um quarto grande, e completamente vazio.
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Ótima infraestrutura
Em um escritório compartilhado, você vai encontrar incluso toda a infraestrutura que um negócio precisa para se desenvolver. Serviços como internet, recepção, motoboy, endereço postal e área de convivência são divididos com outras empresas. Além disso, é possível alugar uma sala privada, onde funcionará apenas a sua empresa, mas, se você não precisar de tanta privacidade, pode locar apenas uma mesa eventualmente. As salas de reuniões, equipadas para receber os parceiros comerciais, também podem ser utilizadas pelos coworkers ou locada apenas para uma reunião pontual. 31% deles já têm acesso 24 horas por dia, para que você possa utilizar as comodidades no momento mais oportuno e produtivo.
Eles estão em todo lugar
Só na cidade de São Paulo, são mais de 200 espaços de trabalho compartilhados. Embora 61% deles fiquem localizados em uma zona tradicionalmente comercial, onde a diversidade e a densidade de pessoas são mais altas, 34% estão instalados em locais pouco convencionais, até mesmo em bairros residenciais. Isso quer dizer que você pode se deslocar facilmente para o trabalho, pois corredores de acesso e transporte público são mais acessíveis nas áreas centrais da cidade, ou então, economizar no transporte, ter mais tempo livre e diminuir o estresse ao caminhar até o local, contribuindo ainda para a redução de gases tóxicos causados pelos carros.
Um escritório compartilhado amplia sua rede de contatos
A criação e a manutenção de círculos sociais profissionais permitem interações que podem render bons frutos, e o coworking contribui para isso, pois nele estão profissionais de diversas áreas atuando em um espaço diverso onde oportunidades podem surgir a qualquer momento. Se você frequenta diariamente o espaço, simples conversas com seu “vizinho” acabam rendendo inovações, parcerias e novos negócios. Além disso, ambientes e colegas de trabalho saudáveis e positivos ajudam você a se tornar um profissional mais produtivo, proativo e criativo.
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É para todos
Com o sucesso dos ambientes compartilhados, começaram a surgir opções que atendem a diferentes necessidades dos trabalhadores. São espaços acessíveis para cadeirantes, que permitem a presença de animais e que são adequados para as mães deixarem seus filhos próximos enquanto trabalham, por exemplo. O coworking pode atender também profissionais de empresas tradicionais e grandes negócios: é comum que uma parte da operação seja alocada em um coworking ou que colaboradores sejam enviados para um período de imersão com o objetivo de levar para dentro da empresa uma cultura mais colaborativa e inovadora.
Ele fomenta a economia local
Junto ao desenvolvimento do espaço e de seus frequentadores, é possível que outros negócios comecem a surgir, estimulando a economia local e beneficiando muitos outros trabalhadores envolvidos indiretamente com o coworking. Cafeterias e lanchonetes dentro ou no entorno do escritório compartilhado são praticamente obrigatórios para uma pausa ou uma refeição rápida. Entretanto, também podem surgir restaurantes, academias, papelarias, escolas de idiomas e outros estabelecimentos para facilitar a vida de quem trabalha nas redondezas.
Fonte: Web Escritórios
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